O Tudo e o Nada...
Sentada na relva do pequeno parque ali existente. Perdida, procuro por todos os meios encontrar o sentido de tudo. Nada pode ser o tudo e tudo pode significar o nada. Fragmentos de mim dançam com as folhas sobre o auxílio do vento. Tento sobrevoar tudo como se fosse uma pequena folha de papel. Sinto-me leve e levada a qualquer lado desconhecido. O medo do nada apavora todas as seguranças. Frágil e imóvel deixo-me desfazer no meio do tudo. Tudo consome-me por nada. E por nada deixo-me ser consumida pelo tudo.
No meu refúgio secreto julgo encontrar respostas. Tirando um novo papel da minha caixinha encarnada encontro algo que tem a ver com o que sinto. “Quando estou só reconheço” de Fernando Pessoa
Quando estou só reconheçoSe por momentos me esqueçoQue existo entre outros que sãoComo eu sós, salvo que estãoAlheados desde o começo.E se sinto quanto estouVerdadeiramente só,Sinto-me livre mas triste.Vou livre para onde vou,Mas onde vou nada existe.Creio contudo que a vidaDevidamente entendidaÉ toda assim, toda assim.Por isso passo por mimComo por coisa esquecida.
Fernando Pessoa

1 Comments:
At 2:54 PM,
Anonymous said…
AH,AH, afinal sempre produzimos!!!...
Post a Comment
<< Home