A escolha...
Naquele quarto com as paredes desprovidas de qualquer sentido, procurava encontrar algo que me conseguisse aconchegar. Umas partes em madeira escura pareciam unir a parede bege. O tecto do quarto continha vários estrados da mesma madeira, todos paralelos entre si. Mal abro a janela de madeira, ainda com os cortinados a cheirar a mofo devido à humidade, vejo por instantes toda a razão da minha existência. Um sol fogueado escondido no meio das nuvens escuras espelhadas na água do mar. O ar húmido misturado com pequenos grãos de terra e areia a bater-me na cara. Aquela maresia adicionada ao sabor a tempestade. Por momentos sinto-me a flutuar no meio de toda aquela beleza. Por momentos sinto-me escolhida para algo muito importante e que não sei ainda o quê.
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