Uma Ode ao Amor...
Fui à praia. O sol radiava com tanta intensidade que parecia contagiar-me com a sua força. A temperatura da areia parecia reanimar o meu corpo. O mar estava tão agreste que mal conseguia aguentar-me em pé com a força das ondas a bater no meu corpo. Sentia-me dominada por aquela violência. Sentia que o sangue tinha voltado a fluir no meu corpo. Sentia que toda a dor tinha passado. Cada onda que rebentava parecia segredar-me através das gotas da água a bater no meu corpo que eu era capaz. Capaz de guardar no recanto mais escondido de mim toda a dor que passei. Cada arrastão que sofresse obrigava-me a erguer a cabeça novamente. Obrigava-me a seguir a vida em frente. Tudo aquilo que sofri parecia ter-se esvaziado. Tornou-se noutra coisa qualquer.
Sentia que aquele pedido da noite anterior se tinha concretizado. Por momentos conseguia ter outras perspectivas. Criar novos sonhos. Ver um mundo diferente. A violência do mar tinha-se transformado num verdadeiro amigo. Daqueles que nos dizem não na hora certa. Daqueles que nos obrigam a sair do fosso mais profundo.
De regresso ao meu mundo, pego na minha caixinha encarnada e leio outro papel. Mas este apenas tem um poema de Pablo Neruda – “Me gustas cuando callas”
Sentia que aquele pedido da noite anterior se tinha concretizado. Por momentos conseguia ter outras perspectivas. Criar novos sonhos. Ver um mundo diferente. A violência do mar tinha-se transformado num verdadeiro amigo. Daqueles que nos dizem não na hora certa. Daqueles que nos obrigam a sair do fosso mais profundo.
De regresso ao meu mundo, pego na minha caixinha encarnada e leio outro papel. Mas este apenas tem um poema de Pablo Neruda – “Me gustas cuando callas”
Me gustas cuando callas porque estas como ausente,
y me oyes desde lejos y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.
Como todas las cosas están llenas de mi alma
Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas, llena del alma mia.
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
Mariposa de sueño, te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolia.
Me gustas cuando callas y estas como distante.
Me gustas cuando callas y estas como distante.
Y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también com tu silencio
Y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
Déjame que me calle con el silencio tuyo.
Déjame que te hable también com tu silencio
claro como una lámpara,
simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de una estrella,
tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
A verdadeira ode ao amor que me embala num dos sonos mais profundos.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de una estrella,
tan lejano y sencillo.
Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
Y estoy alegre, alegre de que no sea cierto.
A verdadeira ode ao amor que me embala num dos sonos mais profundos.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home